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Após uma semana intensa, a 41ª edição da SPFW chegou ao fim na noite de ontem e teve o dia marcado pelos desfiles de grandes nomes da moda brasileira, como Lino Villaventura, Wagner Kallieno, Gig Couture e outros. 
5º Dia - 29/05

Lino Villaventura abriu o último dia de SPFW com um espetáculo que vai ficar para a história do evento. O desfile reuniu três grandes nomes da moda em uma super produção: além de Lino, Miro fotografava ao vivo os looks que entravam na passarela, abrindo seu processo criativo ao público. As fotos apareciam em tempo real num grande telão e eram o resultado final, que normalmente só vemos nas revistas. Paulo Borges dirigiu a cena e as imagens devem em breve ganhar uma exposição.


Inspirado na protagonista Alex, do clássico “Flashdance”, de 1983. Wagner Kallieno traz em sua coleção fortes referências a dançarina de boate que quer virar bailarina e usa peças oversized masculinas tipo camisas, casacões, muitas vezes por cima da roupa de dança ou de um jeans surrado. A combinação dança + guarda-roupa masculino se transformou num dueto brilho de paetês ou lamês + releituras femininas de alfaiataria e um toque esportivo. 

Artista, pintora, cenógrafa e designer, a obra de Sonia Delaunay inspirou a coleção da Gig Couture, que trouxe para a passarela uma coleção repleta de geometria, texturas e volumes, com momentos assimétricos e, claro, muito movimento. A obra da artista que ficou conhecida por seus estudos sobre cor e movimento, ficou bem resumida no Verão 17 de Gig, principalmente pelos tons escolhidos para as peças e pelos modelos fluídos mais soltos no corpo, uma inovação da estilista Gina Guerra. 


A Ratier, marca jovem, que está em sua terceira coleção continua minimal, no lema “menos é mais”, mas sua pegada clean ganhou outros repertórios e acabamentos sofisticados, firmando-se como uma das únicas e importantes marcas brasileiras representantes do streetwear minimalista e conectadas com a interpretação deste conceito de moda de um jeito contemporâneo. Destaque para a regata tipo túnica masculina de couro tom camelo com recortes brancos triangulares nas duas laterais, usada com calça de malha tipo legging.O couro ainda é material muito importante e que define muito do DNA da marca Ratier e é usado para dar estrutura aos looks, num contraponto ao uso da malharia, o linho, a seda, num contraste de texturas. 


A Cotton Project desfilou pela primeira vez no SPFW e mostrou seu lifestyle com raízes no surfwear. O cuidado de Rafael Varandas, fundador e diretor criativo, era não decepcionar os consumidores que já são clientes fieis da Cotton, mas também não deixar a desejar na passarela do maior evento de moda do país. O equilíbrio deu certo. Para o desfile, Rafael e o estilista Acácio Mendes tiveram a preocupação de fazer peças mais especiais, em tecidos nobres, como a seda e o jacquard, sem criar um desejo que, na loja, não existe. Apesar de masculina, a marca tem um viés unissex e para esta coleção trouxeram uma parceria para elas, dois maiôs elaborados pela marca de beachwear Haight com o escrito WET e bolsas esportivas. 

Nessa coleção a Ellus fez um mix de praia, streetwear e tecnologia. O último elemento ganha grandes dimensões, numa tela de led de 16 metros que projetava imagens de bastidores do desfile, de paisagens e do mar do Havaí, principal referência do desfile. As franjas das saias havaianas subiram e foram parar nos tops ombro a ombro, como o usado com o microshorts jeans abusado, praticamente um biquíni. As flores havaianas viraram bonitos prints de fundo azul acinzentado ou verde militar em looks tanto femininos quanto masculinos, com destaque para os dos homens, caso do conjunto de shorts e camisa com a mesma estampa. Confeccionada na França, a renda resinada perde o aspecto handmade e ganha efeito tecnológico para reforçar esse toque na coleção, junto com a beleza, os looks metalizados, o cenário.

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